Com saudades. Em breve estarei de volta!'M ta 'screvê be
Si bô 'squecê me
'M ta 'squecê be
Até dia
Qui bô voltà
Um blog do dia a dia, com muitas estórias, alguma poesia, música, fotografia, crítica, comentários... para desabafar, porque sem um grito ninguém segura o rojão!
O... Mar, detá quitinho bô dixam bai 
Arlinda (nome fictício) é uma miúda com uma vontade de viver fantástica. Nascida com uma deficiência que a faz viver como cega à luz do dia e num mundo onde tudo o que faz parte da vida laboral se processa durante o dia, tirou uma licenciatura e mais tarde fez o Erasmus, um mestrado, e uma pós graduação em Itália. Arlinda gosta de dançar, de andar de mota a alta velocidade, mas também de ler, estudar... viver.
I remember we were driving driving in your car
É um estrepe, é um prego, é uma conta, é um conto 
Por me teres levado de volta a Abril. Aos Abril do pós revolução quando eu acreditava que este país ainda era possível, que podíamos mostrar ao mundo que é possível sonhar e realizar os nossos sonhos de igualdade.


Saberás que não te amo e que te amo
Pois que de dois modos é a vida,
A palavra é uma asa do silêncio,
O fogo tem sua metade de frio.
Eu amo-te para começar a amar-te,
Para recomeçar o infinito
E não deixar de amar-te nunca:
Por isso é que ainda te não amo.
Amo-te e não amo como se tivesse
Nas minhas mãos as chaves da fortuna
E um incerto destino infortunado.
Este amor tem duas vidas para amar-te.
Por isso amo-te quando não te amo
E por isso amo-te quando te amo.
Pablo Neruda

A noite passada fui passear no mar



Nunca mais esquecerei aquele dia... Sentia-me mais que triste. Achava que tinha toda a razão do mundo para estar mais do que triste. De facto, o que sentia era quase raiva. Despeito. Sentia-me amesquinhado. Diminuído no meu EGO.Tinham-me abandonado. Não me mereciam aqueles que assim me deixavam, sem nimguém.
Notável a entrevista dada por Vasco Pulido Valente ( V.P.V ) ao DN, de ontem, 14 de Maio. Aquele que considero o mais lúcido comentador da sociedade portuguesa, em resposta à pergunta:
" - A situação nacional é suficiente para o inspirar todas as semanas?"
respondeu:
" - A realidade é sempre forte para se escrever sobre ela. Nós é que nem sempre estamos suficientemente atentos ou somos suficientemente inteligentes para perceber sobre o que se deve escrever. Está tudo no saber ver."
Também acho.
Ao ler esta passagem da entrevista lembrei-me de Rilke, nas " Cartas a um poeta ", em que, a propósito da BELEZA, escreveu ao jovem poeta que não devemos nunca criticar um lugar de não ser belo, mas sim criticarmo-nos a nós mesmos por não termos sensibilidade suficiente para ver a BELEZA, onde ela está. E está em todo o lado.
De facto, a atenção e a sensibilidadde são essenciais.
Eduardo Aleixo