22 maio, 2007

No país dos directores...

Este é o país que tenho. O país que mereço. Porque nunca votei num governo. Porque votei sempre e assim continuarei, a votar em oposições. Que de vez em quando me desiludem também, mas pronto, ninguém é perfeito e sempre me posso dar ao luxo de dizer que não votei em quem toma decisões. Más.
A directora regional de educação do norte (as minúsculas, são como sempre intencionais) decidiu punir um professor por este ter feito uma brincadeira a propósito da licenciatura do José. José pois. Eu sei lá quando é que me vão multar, prender, proibir de escrever aqui? O melhor é mesmo ter cuidado com a língua... José há muitos! Só na minha família são mais que as mães... Realmente eu até sou uma pessoa de sorte. Imagine-se se o meu director mais directo, mr. B resolve implicar sempre que eu fizer piadas ao José ou a si mesmo? E olhem que ele já me ouviu algumas... felizmente tem alguma tarimba, não é director desde sempre ou há tantos anos que já tenha esquecido como é não ser director e vai encaixando... e até já consegue brincar aqui com a ovelha ronhosa (ronhosa, pois!) que se digna dar-lhe tanta atenção como trabalho.
Pois como ia dizendo. Os partidos da oposição exigiram a presença da Maria de Lurdes na assembleia. E a a dita cuja disse que não ia. Fez muito bem. Eu até nem gosto dela mas quem suspendeu o professor foi a directora, não foi ela. E se ela tiver que ir ao parlamento de cada vez que um dos directores mete o pezinho delicado e pressuroso na dita cuja lama não faz mais nada... se bem que, pensando bem, talvez até nem fosse má ideia, ficar quietinha por uns tempos. Provavelmente teria o apoio de professores, alunos e respectivos pais.
Viva pois o país cinzento dos directores que levam a vida a sério (que não está fácil, manter o tachinho, não) e não permitem piadas sobre o PM do país que vai desaprendendo a arte de rir.

2 comentários:

Bartolomeu disse...

Eu tb num boto, Maria Eduarda. P.Q.O.P.
Nem boto pra gobernos, nem para achembleias munechipais, nem pró raio cus parta.
Isté cuma no fetebol, já lá num bão por amor á quemijola, é chempre a farejar o taxo, xim taxo cum "x", bem de taxa. É xempre a taxar, cada bez mais, e próquê? Prós carros de luxo, prás cerimónias pretoquelares, paró penacho. E no fim, lá bai uma megalhita para uma obra pública de uteledade dubidosa, que xerá inauguerada outrabez com toda a pompa, cos gajos todos nos audi nobinhos e nos BM e nos Bolbos e nos Merxedes. Cambada de pantomineiros. Que pobo mais torpe este que os gera, alimenta, induca e no fim ainda bota neles.
Bom, assiste-nos o direito de votar ou guardar o voto, ou limpar o... isso, a ele. Em relação ao Fernando Charrua, sinceramente, não faço a mínima do que ele poderá ter dito que ofendesse a honra do PM, partindo da premissa que o homem a tem. Mesmo evitando a mal-dicência, ha tanta coisa de mal que com justa causa se pode dizer do PM, para o PM e ao PM, que só mesmo se o Fernando dirigiu o comentário à mãe ou ao pai, ou a algum aspecto do foro íntimo da pessoa. Adiante, a mocinha da DREN, a Margarida Moreira, provávelmente, agiu por competência, de acordo com a obrigação a que o cargo a vincula. Agora o sacana, desculpa, o delactor...? I se fosse comigo... já tinha o lombo de outra côr.

RPH disse...

Pois eu voto! Voto no que me apetece (até me pode dar na gana votar em branco), mas quieto é que não fico. É que apesar de ter nascido no pós 25 de Abril, sou dos que ainda acredita que em democracia (esse mal menor), a nossa voz - a do povo - só se pode fazer ouvir assim (ensinamentos que me ficaram de pessoas que viveram e vivem o 25 de Abril). Como o meu voto não foi para o Zézinho (é que outra coisa que aprendi foi que o voto não serve só para formar governos, também serve para eleger uns quantos tipos que lá vão chateando quem nos lixa... perdão: nos governa - isto dos processos...) lá vou dando as minhas opiniões, se bem que ultimamente tenho olhado um pouco mais por cima do ombro, não vá estar um bufo à escuta pronto para ir fazer queixinhas...