25 novembro, 2014

quem não se sente...

a maioria (arrisco) dos portugueses admira xanana como se admira um herói. terrorista dirão alguns. mas a verdade é que o homem viveu anos como um bicho para defender uma ideia. a sua ideia, e isto não é para todos. fez e faz parte do meu imaginário de homens que lutam por aquilo em que acreditam. como o che. talvez em tamanho mais pequeno.  à medida do seu país, cada um lutou pelo bem mais essencial de todos nós: a liberdade.
um dia passou-lhe uma maleita pela cabecinha e ditou (ditou repito): os juízes estrangeiros têm 24 horas para saírem do país. os juízes meio atordoados, desataram a tentar conseguir voos para cumprirem a ordem de expulsão, antes que fossem privados do tal bem essencial. e piraram-se cumprindo o que xanana tinha ditado.
os juízes portugueses foram apoiados pelas autoridades portuguesas e pela maioria (arrisco) dos portugueses. xanana arranjou umas desculpas esfarrapadas mas eu fiquei convencida que está a proteger corrupto(a)s dentro do seu governo. fiquei (mais alguns portugueses atentos), à espera do pedido de desculpas do senhor de timor.
entretanto vejo com espanto que o nosso ministro da defesa foi visitar timor onde foi recebido com pompa e circunstância, mas... sem desculpas! xanana diz que não ofendeu portugal. afinal que importância tem expulsar juízes estrangeiros que foram ajudar timor? 
parece que desta vez vamos enviar professores... ou serão soldados? a ver vamos quanto tempo aguentam até lhes darem um pontapé no traseiro.
o governo português mais uma vez, mostra que não é filho de boa gente.

01 junho, 2014

não batam mais na D. Pulquéria


toda a gente fala da D. Pulquéria. eu não sabia até ver o Eixo do Mal quem é a D. Pulquéria. parece que é uma funcionária da loja do cidadão de Faro... ou será quem deu formação aos funcionários da dita loja? para o caso pouco interessa. vou contar aqui uma estória que se passou comigo há mais de 30 anos enquanto funcionária dos ex SMS de Ponta Delgada. começavam a usar-se as bermudas e eu comprei umas decentíssimas diga-se de passagem ficavam apenas dois dedos acima do joelho. eram uma espécie de saia calça de tão largas nas pernas. não podiam de modo nenhum ofender fosse quem fosse. mais. eu não estava a atender público. mas estava em Ponta Delgada há mais de 30 anos onde as alunas do colégio S. José de Cluny não podiam entrar de calças. pois o chefe de repartição deu-se ao trabalho de telefonar para Angra do Heroísmo para perguntar se eu podia ir trabalhar vestida daquela forma. do outro lado da linha perguntaram-lhe se eu estava de fato de banho ou de bikini. ele respondeu que não. estava com umas bermudas e umas sandálias que me deixavam os pés quase nus. então a funcionária pode trabalhar. não está a atentar ao pudor e nem sequer à decência. de resto nem há sequer nada escrito dizendo que ela não possa ir trabalhar de bikini... é claro que na mesma tarde uma colega minha que já passara dos 40 baixinha e gordinha mas muito engraçada e atrevida apareceu no local de trabalho com uns calções de ganga tão curtos que mostravam as bochechas do rabiosque. foi o que conseguiu o senhor chefe de repartição que deus o tenha em paz e descanso que até era boa pessoa. parece-me que quem atende público deve ter a noção de como se deve apresentar. de resto os funcionários da loja do cidadão têm um subsídio para se vestirem. assim como me parece que os homens não têm que estar de fato e gravata mas não devem apresentar-se de calções e chinelos de praia também me parece que as mulheres terão o bom senso de se apresentarem bem e isso não inclui calções como os da minha colega que diga-se de passagem só os usou por provocação. mas quem está todo eriçado com as normas (e note-se que normas são apenas indicativas pois não existe um regulamento para o modo de vestir dos funcionários públicos) para as mulheres devia eriçar-se também contra a quase obrigatoriedade do uso de fato e gravata para os homens em certos lugares da Administração Publica. alguém me explica porque é que os políticos de todo o mundo (enfim os ocidentais e excluem-se também as figuras como Chavez) parece andarem fardados de fato e gravata? porque é que tem que ser assim? e porque é que as mulheres aparecem quase sempre de saias? olha que seca! onde fica aqui o direito à diferença?

10 março, 2014

Ana Moura - Desfado

o melhor do twitter

"Beijo e brandura. Mão e Músculo. Seio e Sensualidade. És uma madrugada Onde o tango prolifera". (Ver caderno de Ara)

09 março, 2014

Exílio


Quando a pátria que temos não a temos
Perdida por silêncio e por renúncia 
Até a voz do mar se torna exílio 
E a luz que nos rodeia é como grades 


(Sophia de Mello Breyner Andresen)

o pagante


estava a freira aposentada do seu serviço a deus a fazer as suas compras na mercearia do bairro quando entrou um senhor de boa vontade e ainda não aposentado da sua vida dedicada a ajudar os pobres. a freira apesar de aposentada usa a sua farda que a identifica de imediato diante de quem quer que seja. já o senhor que se saiba nunca usou uma farda indicativa dos seus bons serviços aos mais desvalidos.

a freira tinha um saco na mão e dirigiu-se à caixa para pagar quando foi interpelada pelo homem bom
- o que leva nesse saco é para os pobres?
- não senhor é para mim. mas eu também sou pobre. o governo roubou-me a reforma.
- nesse caso veja lá se precisa de mais alguma coisa. eu pago.
- o senhor tem a certeza que tem dinheiro para pagar o que eu comprar?
- claro irmã.
então a freira vai buscar vários sacos e enche cada um deles o mais que pode. o homem bom pagou,