01 junho, 2014

não batam mais na D. Pulquéria


toda a gente fala da D. Pulquéria. eu não sabia até ver o Eixo do Mal quem é a D. Pulquéria. parece que é uma funcionária da loja do cidadão de Faro... ou será quem deu formação aos funcionários da dita loja? para o caso pouco interessa. vou contar aqui uma estória que se passou comigo há mais de 30 anos enquanto funcionária dos ex SMS de Ponta Delgada. começavam a usar-se as bermudas e eu comprei umas decentíssimas diga-se de passagem ficavam apenas dois dedos acima do joelho. eram uma espécie de saia calça de tão largas nas pernas. não podiam de modo nenhum ofender fosse quem fosse. mais. eu não estava a atender público. mas estava em Ponta Delgada há mais de 30 anos onde as alunas do colégio S. José de Cluny não podiam entrar de calças. pois o chefe de repartição deu-se ao trabalho de telefonar para Angra do Heroísmo para perguntar se eu podia ir trabalhar vestida daquela forma. do outro lado da linha perguntaram-lhe se eu estava de fato de banho ou de bikini. ele respondeu que não. estava com umas bermudas e umas sandálias que me deixavam os pés quase nus. então a funcionária pode trabalhar. não está a atentar ao pudor e nem sequer à decência. de resto nem há sequer nada escrito dizendo que ela não possa ir trabalhar de bikini... é claro que na mesma tarde uma colega minha que já passara dos 40 baixinha e gordinha mas muito engraçada e atrevida apareceu no local de trabalho com uns calções de ganga tão curtos que mostravam as bochechas do rabiosque. foi o que conseguiu o senhor chefe de repartição que deus o tenha em paz e descanso que até era boa pessoa. parece-me que quem atende público deve ter a noção de como se deve apresentar. de resto os funcionários da loja do cidadão têm um subsídio para se vestirem. assim como me parece que os homens não têm que estar de fato e gravata mas não devem apresentar-se de calções e chinelos de praia também me parece que as mulheres terão o bom senso de se apresentarem bem e isso não inclui calções como os da minha colega que diga-se de passagem só os usou por provocação. mas quem está todo eriçado com as normas (e note-se que normas são apenas indicativas pois não existe um regulamento para o modo de vestir dos funcionários públicos) para as mulheres devia eriçar-se também contra a quase obrigatoriedade do uso de fato e gravata para os homens em certos lugares da Administração Publica. alguém me explica porque é que os políticos de todo o mundo (enfim os ocidentais e excluem-se também as figuras como Chavez) parece andarem fardados de fato e gravata? porque é que tem que ser assim? e porque é que as mulheres aparecem quase sempre de saias? olha que seca! onde fica aqui o direito à diferença?