18 maio, 2007

LIVROS, ESSES SEMPRE DISPONÍVEIS AMIGOS


É verdade. Para além de verdadeiros amigos, os livros estão sempre disponíveis. Mesmo que por vezes os punhamos de lado, nunca se queixam. Muito menos se revoltam. É como se soubessem que um dia a eles regrassaremos.
É o que acontece com tantos livros que acompanham a minha vida. Sendo todos importantes, são todos diferentes. No Palácio do Livro da minha Alma existem milhares de compartimentos. Todos irmãos. Mas diferentes.
Há um compartimento, onde me refugio de quando em quando. Compartimento com fontes de água frequíssima. Com musica de anjos. Aí se estabelece a relação entre a terra e os céus. Entre a seara e as estrelas. Estou agora nesta fase. Vai durar uns dias.
Aí é que se pode falar com Rilke, com Fernando Pessoa, com Novalis, com Maurício Maeterlinck.
Deste último, o livro, " O tesouro dos humildes " acompanha a minha vida desde a minha adolescência.
Lendo-o, saboreando-o, eu entro num mundo de harmonia, mas que é real.
É um mundo em que os homens e mulheres, se tiverem o coração aberto, e abertas todas as portas do ser ao inexplicável e ao mistério, regressam a ele, e têm dificuldade em negar que existe algo mais para além do mundo material e palpável.
Não é de religião que falo.
Bem pelo contrário.
É de Amor, de Paz, de Harmonia, que não existem nas religiões.
Já o disse: é um lugar terreno, sublime, onde as almas ( as nossas ) atravessam a ponte que nos liga àquilo que não conhecemos...

Eduardo Aleixo

2 comentários:

Anónimo disse...

Tens razão, não são as religiões que nos levam a acreditar que existe algo para além do mundo material, acho que é o nosso próprio sentir. As relegiões, sejam elas quais, em alguma fase do seu percurso têm que se lhes diga de muito mau (às vezes também de bom).
A propósito como referes os anjos existem mesmo, são os amigos aqueles que conhecemos e outros que, sabe se lá porquê, sem os conhecermos, aparecem nos momentos dificeis para nos ajudar. Dizem uns que é por acaso, outros dizem que não há acasos...
Muito se diz, muito se escreve, mas restam sempre tantas dúvidas e tão poucas certezas....
made

Anónimo disse...

Compreendo-te tão bem, meu querido amigo!Um abraço.
Marit Soderman