04 dezembro, 2006

EM MEMÓRIA DE CHARLOT

Quando sorria
Não sorria
Feria...

Quando dançava
O seu corpo
Estrebuchava...

Quando falava
Sonhava
Não parava de sonhar...

O sorriso de Charlot
Era uma faca
Era uma farsa
Era sem definição
Tavez rosa de piedade
Como uma criança
Sem ódio
A dizer Não...

Quando dançava
O corpo dele
Crescia
Crescia
Renascia
Não cabia
No smoking da convenção
E fugia
Fugia
Para o país da ganga simples
Onde tinha o coração...

Eduardo Aleixo

1 comentário:

Maria Eduarda disse...

Que homenagem mais linda, amigo! Que poema tão bem "apanhado". Como eu gosto da tua poesia...é claro que o Charlie não merece menos do que isto!