04 dezembro, 2006

Acabo de ouvir dois homens, dois, dizerem que as mulheres são muito mais independentes, vivas, aventureiras, livres no verdadeiro sentido do termo do que os homens! Pois fiquei admirada... não é comum ouvir os homens falarem assim das mulheres... acharem normal que uma mulher viaje, vá ao cinema, ao teatro, ao concertos, ao contrário (segundo eles) dos homens que são incapazes de darem um passo a sós.
Fiquei admirada mas a verdade é que cada vez me surpreendo menos com os homens... conheço alguns que começam a conseguir dar uns passinhos sózinhos. Bem sei que se trata de passos pequeninos, tipo vou ali a ver se encontro algum amigo ou se engato uma fulana que me ature... Estou a ser mázinha eu sei, mas que piada tem ser-se boazinha? Acho que há por aí uma fulana de nome Floribela (que nome horroroso) que gosta muito de toda a gente e é muito boazinha e gosta de ser pobrezinha e gosta de ser enganada e... etc, etc. etc. E parece que até tem muito sucesso. Toda a gente me fala dela.
Mas eu se não me chamasse Maria Eduarda, chamar-me-ia tipo Florimá, Florifeia, Folriseca, qual deles o melhor... Não sou boazinha. Sou má. Sou uma cobra. Não penso antes de falar, não tenho coração, ou tenho-o mesmo ao pé da boca... Mas quando chamo alguém de amigo, aí podem ter a certeza que saltarei como leoa em defesa das suas crias se alguém tentar fazer-lhe mal.
Sou má como uma leoa... quando alguém tenta trapacear-me ou trapacear os meus amigos...
Agora se me deixarem aqui, no meu tempo, no meu canto, não faço mal a uma mosca...
Amanhã de manhã parto para o Alentejo. Vou para um monte isolado do mundo mas com uma ponte chamada Internet, pelo que penso que não será difícil fazer chegar notícias minhas. Mas se eu estiver calada é porque o que estou a ver e a viver é tão bom que precisarei de tempo para digerir... não sou muito boa a digerir... nem mesmo as emoções.
Com toda a minha amizade.

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