Estou a falar de educação, de boas maneiras, de atitudes correctas...
Cada vez tenho mais saudades dos homens que ainda sabem ser cavalheiros. Eu conheço, assim que me lembre, dois! Ambos têm mais de 50 anos. A ambos considero como amigos, embora os tempos de relacionamento que tive com cada um deles sejam completamente diferentes.
Mas, dois homens num universo tão grande quanto é o meu, de amigos, é muito pouco. É uma percentagem baixíssima. Sobretudo, porque a quase todos conheço as famílias e sei que tiveram boa educação... mas perderam-na ao longo da vida. Acho que alguns até acham "chic" dizer palavrões por dá cá aquela palha.
É curioso, a quantidade de homens de que me lembro, por exemplo, que quando tentam fazer "a corte" a uma mulher, são capazes de se comportarem como verdadeiros cavalheiros: saem do carro para nos abrir a porta, conduzem-nos até à porta de casa, não dizem inconveniências e se as dizem por algum motivo, desculpam-se imediatamente. Parecem uns senhores... de todos estes só conheci um que era um verdadeiro cavalheiro e continuou sendo, pelo menos comigo, ao longo dos anos.
Ouço-os muitas vezes dizer que se comportam assim, porque fomos nós, as mulheres que o pedimos, quando andámos anos a exigir igualdade de direitos, emancipação, liberdade sexual, etc., etc., etc. Uma desculpa muito esfarrapada meus amigos. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Boas maneiras, assentam bem em qualquer um. Abrir a porta do elevador a uma senhora, não fará com que ela se sinta inferior. Posso dar esta garantia.
Infelizmente, não é coisa que se ensine nas escolas, menos ainda nas faculdades... Não é por se ter estudado na Suíça que se é bem educado. Não é preciso ter saído da sua aldeia para se aprender boas maneiras. Não é apenas uma questão de chá, ou de berço... é uma questão de sensibilidade.
Cá para mim, um carroceiro não chegará nunca a cavalheiro! Sem ofensa para a profissão de carroceiro que está práticamente extinta! Andam por aí muitos doutores (e não só!) que têm a grosseria que se exigiria a um carroceiro para lidar com as suas mulas.
Por isso, hoje deixo aqui um apelo aos meus amigos mais jovens (burros velhos não aprendem línguas, e o povo bem sabe o que diz), façam um esforço: deixem passar as senhoras em primeiro lugar. Vão ver que têm a ganhar muito mais com estas atitudes, do que se seguirem esses péssimos exemplos que vos têm dado os "cotas".
Beijos e abraços para todos... os mais e os nada cavalheiros: ou se é ou não!
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