30 junho, 2006

Corram-no à pedrada


Na capital do Norte, a cidade do Porto, há um alcaide. Chama-se Rui Rio. E é um senhor alcaide. Daqueles personagens que deslindamos, nos romances do século passado, de Luís Sepúlveda, por exemplo.
O homem tem um ar simpático, é sorridente mas trama pela calada. Confesso que fiquei contente quando ele "roubou" a Cãmara ao Fernando Gomes (só para lhe tirar as peneiras!). Mas é claro que as atitudes que tem tomado ao longo do tempo são perfeitamente inaceitaveis, num país que se diz democrático.
O senhor alcaide faz-me lembrar uma velha tia minha. Não gosto de convocar os mortos, mas ela já morreu há tanto tempo e já era tão velha quando morreu, que com certeza, não vai dar por nada. E o que os olhos não veêm, o coração não sente, diz o povo que é o mais sábio de todos. Pois essa tia, tentava comprar as pessoas com dinheiro. E muita gente se vendeu a ela e dela ficou refém para o resto da vida. Não sabia essa senhora viver de outra maneira. Sempre que precisava de alguma coisa, comprava a pessoa que lhe podia facilitar a vida. Como se viu, morreu como qualquer comum mortal, e todo o dinheiro que conseguiu, com as suas negociatas está ainda por herdar, uma vez que as demandas em Tribunal são mais que muitas.
O que é certo é que muita gente que a odiava, fingia gostar dela, porque tinha sido paga para isso. Forjaram-se mesmo estórias, acerca da sua bondade, que à força de serem repetidas, anos a fio, se tornaram verdade... A tal história da mentira que à força de repetida se torna verdade....
Pois o senhor Rui Rio quer pagar para que não se diga mal da Câmara do Porto. O que é que o senhor atirou para debaixo do tapete? Que mistérios cabeludos pretende esconder dos olhos da malta?
Acha que está num país sul americano, o "señor" Rio. E vem dizer que o que o protocolo pretende estabelecer, são boas maneiras? Que sabe o senhor de boas maneiras? Acha que tentar privar as pessoas de uma das regras fundamentais da democracia, a liberdade de expressão, faz parte do cardápio das boas maneiras? Vem falar de princípios? O senhor Rio tem princípios? Tenho impressão que ninguém por aqui aqui deu por isso...
Senhor Rio: o senhor ultrapassa-se! Realmente parece que não aprendeu nada nas pistas de atletismo. E olhe que isso não é bom sinal... Não é não! Não lhe quero chamar nomes feios, uma vez que se trata de boas maneiras... mas que o senhor deve ter um déficit cerebral, que o impede de aprender o que devia... lá isso tem!
Só espero que os dirigentes dos organismos a subsidiar não se curvem... Não se vendam... Quando tiverem que dizer mal, digam. E se for preciso "corram-no à pedrada", como sugeriu o outro, o Ruas.

1 comentário:

Anónimo disse...

Esse senhor nunca me enganou, com aquele ar empertigado e moralista de quem "vai endireitar e moralizar as tropas". Hoje ouvi o Vicente Jorge Silva dizer que o Alberto João Silva fez escola, disse tudo...