04 fevereiro, 2010

uma questão de coerência


diz-se que há uma crise política. os telejornais fizeram muito barulho. hão-de fazer mais. e eu que gosto de estar sempre na oposição desta vez em relação ao orçamento pedido para o alberto joão estou do outro lado. quer dizer estou contra mim mesma pois estou contra a oposição. é que para mim não é uma questão de quantidade de dinheiro mas uma questão de bom senso. mas amanhã vou manifestar-me contra o governo. porque é tempo de mostrar que há muita gente que está contra um governo que tem trapaceado a administração pública sempre que pode e que não pode. este governo inventou uma coisa a que chamou siadap e que serviria para contemplar os funcionários pelo seu mérito. mas um sistema que não permite premiar senão um número mínimo de funcionários públicos. ou seja um sistema que pode levar um funcionário de excepção estar-se nas tintas para ser muito bom pois ganha o mesmo que outro que toda a vida fez o melhor possível para fazer o mínimo possível. foi também este governo que decidiu a meio do jogo mudar as regras e obrigar os funcionários públicos a uma carreira mais longa. não estou contra o facto de os funcionários trabalharem tantos anos quanto qualquer outro trabalhador mas não foi decente mudar as regras a meio do jogo. e depois de ter apontado o ano de 2015 para a convergência e de ter posto muita gente a fazer contas de cabeça novamente para saber quando se poderia reformar da noite para o dia vem outra vez dizer que afinal a convergência é para já. por isso amanhã vou integrar a manifestação da função pública. não gosto de trapaceiros. mas quanto à crise política que se está a inventar estou do lado do governo.

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