Um blog do dia a dia, com muitas estórias, alguma poesia, música, fotografia, crítica, comentários... para desabafar, porque sem um grito ninguém segura o rojão!
04 fevereiro, 2010
Amei-te
Amei-te
porque o teu olhar numa tarde se encheu de lágrimas,
e falaste em morrer, e tremeste de medo.
Contudo
não eras mais que uma flor corruta,
dessas que a vida enleia e usa
e depois atira para uma sarjeta lamacenta.
Mas, para mim, eras toda inocência, toda pureza branca.
Porque a inocência é um dom de Deus,
o dom só concedido
àqueles que mais ama.
Por isso, os homens só aparentemente sujam
as pequeninas rosas.
Ah! tivesse eu forças para seguir-te,
embora de longe, mas atentamente,
ajudando-te a subir o agreste calvário!
(Saúl Dias)
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