O que me faz escrever este poema
não são as coisas: terra céu astros.
A saber: estendo a mão: e
o mundo reconhece-a encontra a
memória onde repousa e se transforma.
Pequena questão de valor cósmico. Insisto:
elo que liga bruma e fumo
felicidade de imagens nome inamistoso.
Não sonho palavra sonho barco.
Imóvel aprendo a não esquecer:
aspecto mineral do corpo
um destino de mica qualquer coisa
que não cessa de bater.
(João Miguel Fernandes Jorge)
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