06 agosto, 2009

Poema começado no fim


Um corpo quer outro corpo.
Uma alma quer outra alma e seu corpo.
Este excesso de realidade me confunde.
Jonathan falando:
parece que estou num filme.
Se eu lhe dissesse você é estúpido
ele diria sou mesmo.
Se ele dissesse vamos comigo ao inferno passear
eu iria.
As casas baixas, as pessoas pobres,
e o sol da tarde,
imaginai o que era o sol da tarde
sobre a nossa fragilidade.
Vinha com Jonathan
pela rua mais torta da cidade.
O Caminho do Céu.

(Adélia Prado)

1 comentário:

Murilo Pagani disse...

Navegar por suas páginas proporciona-me imenso prazer.
Vim dar nestes costados porque procurava saber mais sobre a frase "Meu tempo é quando" do poema do Vinícius.
Mais que poema e Vinicius encontrei delícias e deleites.
Sucesso,
Murilo