31 julho, 2009

Mar

Na melancolia de teus olhos

Eu sinto a noite se inclinar

E ouço as cantigas antigas

Do mar.


Nos frios espaços de teus braços

Eu me perco em carícias de água

E durmo escutando em vão

O silêncio.


E anseio em teu misterioso seio

Na atonia das ondas redondas

Náufrago entregue ao fluxo forte

Da morte.

(Vinicius de Moraes)

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