28 maio, 2009

A hora exacta


Imagens

que voltavam devagar,

se encostavam a ela sem pudor.

E no silêncio, a esfinge impenetrável,

sabendo-lhe de cor o coração:

desistente dos barcos,

depondo pelo chão de outros palácios

as armas mais preciosas.

“Não posso”, acrescentara

sentindo aproximar-se a hora

exacta.

(Ana Luisa Amaral)

Sem comentários: