13 maio, 2009

Felizes


Felizes. Porque, ao fundo de si mesmos, 
cheios andam de quanto vão pensando. 
E, disso cheios, 
nada mais sabem. Dão para aquele lado 
onde o mundo acabou, mas resta o eco 
de o haverem pensado até ao cabo 
e irem agora criar o movimento 
que subsiste no tempo 
de o mundo ainda estar a ser criado. 
Por isso são felizes. Foram sendo 
até, perdido o tempo, só em memória o estarem habitando. 

(Fernando Echevarría)

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