Na rua feia, de casas pobres,
morreu o filhinho daquela mulher
que lava o linho rico de um bairro distante.
Morreu bem simplesmente,
assim como um passarinho.
O enterro saiu...
lá vai... um caixãozinho azul
num carro velho de 3a. classe.
Atrás dois autos. Dois.
A tarde irá pôr luto
na rua feia,
de casas pobres?
Garotos brincam de esconder
atrás do muro de cartazes.
Lá no alto
vai-se abrindo grande céu sem mancha
cruzeiro-do-sulmente iluminado.
(Abgar Renault)
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