Ocaso
Hora de tédio e de meditação!
Longe agoniza o sol num poente de ouro e de aço,
e em meu peito outro sol de luz magoada e fria,
pinta o pálido azul com as cores da agonia.
Andam asas no espaço.
Asas cor de carvão.
Na torre lanceolada de minh'alma
há vagos sons de violino
chorando o ritornelo gris da mágoa.
Expira a tarde, plange o sino,
é morta a luz, morta a ilusão...
(Óscar Magalhães)
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