28 novembro, 2008

Ocaso


Hora de tédio e de meditação!

Longe agoniza o sol num poente de ouro e de aço,
e em meu peito outro sol de luz magoada e fria,
pinta o pálido azul com as cores da agonia.

Andam asas no espaço.
Asas cor de carvão.
Na torre lanceolada de minh'alma
há vagos sons de violino
chorando o ritornelo gris da mágoa.

Expira a tarde, plange o sino,
é morta a luz, morta a ilusão...

(Óscar Magalhães)

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