Pássaro
Quase mão,
em vôo o pássaro
esfrega a forma no interno ar.
Seus dedos perfuram o invisível.
Sua palma alisa o vento
insistindo a insistência da luz.
Apronta em pontas a permanência aérea.
Encorpa um lugar no espaço.
Perfaz-se.
Reduz-se e cessa na terra.
(Carlos de Hollanda)
Sem comentários:
Enviar um comentário