Pois é. Consegui desfazer-me de mais alguns quilos de lixo. Até descobri coisas que funcionam e que eu nem sabia que tinha. Às vezes é como diz Chico César "coisas, são só coisas, servem só para tropeçar". Mas neste caso aquelas que servem só para tropeçar foram parar ao caixote do lixo e ponto final. Mas descobri que tenho uma bela lapiseira parker de que já nem me lembrava e que continua a escrever que é um primor. Aliás, encontrei duas, mas uma ofereci a uma pessoa por quem tenho um carinho muito especial. Dei porque me apeteceu. Podia ter escolhido outra pessoa qualquer, afinal tenho um carinho muito grande por quase toda a gente. Mas era ela que estava ali, na minha frente, como o seu ar frágil e desamparado... e gostei de lhe ter dado algo que ela vai poder guardar para o resto da vida como uma lembrança de alguém com quem trabalhou muitos anos e com quem nunca teve uma desavença séria. Mérito dela pois com certeza, porque eu de bom mesmo só tenho o cabelo. Pelo menos é o que diz a cabeleireira. E eu respondo que não sai à dona. É verdade. O meu cabelo tem muito bom feitio. Faz tudo o que lhe mandam. O meu cabelo, ao contrário de mim, é um rapazinho obediente.
E pronto. Aproveitei o bónus de uma tarde livre, para fazer aquilo que quase todas as mulheres gostam de fazer de vez em quando: ir à esteticista e ao cabeleireiro.
Quando cheguei a casa era cedo, arrumei alguma coisas pessoais que estavam nas gavetas que foram minhas durante quase 10 anos, gavetas que sempre guardaram muito bem os meus segredos, sem que fosse preciso usar uma chave para as trancar.
Depois dormi uma sesta tardia, e pronto. Amanhã é um outro dia. Há que levantar a cabeça e não ceder à lágrima fácil. Afinal não vou para a Lua.
Como diz o outro, vou andar por aí.
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