Ah, as mulheres...
Como não vê-las
como novelos
de trama atroz?
Indestrincháveis
mas amoráveis,
enrosco terno
dentro de nós.
Tecer eterno,
de amarradios,
viscoso fio,
doce retrós.
Cerzir interno
de teias fêmeas,
e queixas gêmeas,
antes e após.
Ah, linha tênue,
nó de amargura
que nos costura
juntos e sós...
(Bartolomeu Correia de Melo)
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