15 novembro, 2007

No dia do meu aniversário

Como sempre foste o primeiro. Perfeitamente imbatível, no ano em que não o fores ficarei preocupada, pensando que adoeceste ou coisa no género e ninguém me avisou, com essa mania que toda a gente tem de me poupar do que não deve e contar o que não deve...
Nunca gostei de aniversários, tu sabes, mas nos anos em que estivemos juntos, tu vivias com tanto gosto os meus aniversários (aqui para nós que ninguém nos ouve, era porque nessa altura do ano eu ficava um ano mais próxima da idade que me separa de ti?) Claro que não. Era porque tu gostas de festejar, achas que os aniversários são importantes e o meu era tão importante que começavas a dar-me presentes de véspera e só acabavas no dia seguinte. Acabei por achar, nesses anos, que afinal os aniversários não eram assim uma coisa tão ruim. Mas hoje voltaram a ser ruins. Cada vez mais ruins porque me faltam as pessoas que mais amei neste mundo, umas de uma maneira e as outras de outra, e há coisas que não se recuperam por muito que queiramos, de ti ficou essa terna amizade que te agradeço, esse cuidado em que estás sempre com o meu bem estar, essa ternura que nunca há-de morrer, ainda que os anos passem e estejas assim, como todos nós um pouco mais velho... No meu coração terás sempre um dos lugares mais importantes se é que há que lugares mais importantes no coração de cada um de nós, para mim ou trazemos as pessoas no coração ou não, mas hoje que estou tão triste como sempre que faço anos, quero dedicar-te esta prosa, para que saibas que sempre te amarei.

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