17 setembro, 2007

Metáfora


Este poema, dedico-o à minha grande amiga Maria Eduarda, autora do blog andondehaespaco.blogspot.com, onde ela magistralmente vai desfiando aquilo que a alma lhe sente. Como vês Maria, o prometido não foi de vidro, se foi, era do bom, da Marinha Grande, feito ainda pelos arcaicos processos artesanais. "Nada melhor que o belíssimo produto nacional";))))

Hoje vi-te!
Como rio que se solta da barragem que lhe prende as águas.
E pegaste-me, envolvendo-me com toda a força do teu querer
Levaste-me leito abaixo, entre margens de desejo.
Despenhámo-nos em cascatas palpitantes, seguindo
Ora rápido, ora lentos, ora calmo, ora agitados,
Saltando de fraga em fraga, galgando por cima de penedos.
Buscando desenfreadamente a plácida foz, onde
Um mar imenso serenamente nos acolhe
E nos guarda, repousados, em seus segredos.
Quando sentires medo, chama por mim.


(Bartolomeu)
P.S.: a fotografia é minha e dedico-a aqui ao meu navegador Bartolomeu... é a minha maneira de agradecer o seu carinho e a disponibilidade para os meus piores momentos.
Beijo.

1 comentário:

Bartolomeu disse...

Ainda bem que gostaste Maria Eduarda, vou confessar-te, não foi fácil personificar num poema, alguem que em si mesma já é um poema.