Partiste há quatro meses e vens de vez em quando espreitar o que fazemos nós as as tuas amigas de verdade, as que não te reconhecem defeitos, não porque partiste, mas porque não os reconhecemos nunca. Excepto aquele de que estou sempre a falar: a generosidade em demasia. O facto de dares tudo e não guardares nada para ti. O facto de protegeres toda a gente. Tu bem sabes o que eu penso dos "protectores dos animais". Esses animaizinhos, que tu julgavas de estimação e que afinal agora te vão apontando defeitos todos os dias. Agora é que começam a sentir-se desiludidos... é para que vejas no que dá ter a mania da filantropia... se aqui estivesses ririas já de seguida, quando eu te dissesse que mais vale a filatelia... pelo menos dá para exercitar os músculos... da língua!
Pois a afiar a língua lá estivemos. Chegámos a ser quatro, hoje. Uma bela surpresa, o aparecimento de Margarida. Essa miúda de quem eu gosto tanto. Bem filha de sua mãe. Fala comigo como se eu tivesse andado no colégio com ela. Como se tivéssemos a mesma idade. Posso dizer palavrões à frente dela (tipo porra, claro, que não sou de ir muito mais longe, a menos que esteja furiosa, e mesmo assim que escassez de vocabulário...), porque ela tem uma maneira tão natural de estar na vida (como se toda a vida não tivesse feito outra coisa!)
Espero bem que consigas ter o filho que tanto desejas Margarida. E espero que tenhas razão e não eu e a tua mãe no que se refere aos meninos desaparecidos...
E tu, que partiste sem nos avisar, já sabes: para a semana há mais. Portanto, atenção, porque as férias estão quase aí e como diz H eu já estou de mochila às costas... Desta vez vais mesmo comigo a Londres!
1 comentário:
Sinto tantas saudades dela, das nossas conversas ao fim da tarde.
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