09 fevereiro, 2007

Cá em baixo é que elas se pagam.


Decidi que a minha semana de trabalho acaba hoje e não amanhã, como tinha pensado. Apetece-me ficar a dormir um bocado mais, ando cansada, entrar no emprego não é mais fácil de dia para dia, como seria provável... ou eu pensava que era provável. Na realidade para mim tudo está igual, exceptuando os factos que tornam tudo diferente...
Agonia-me olhar para certas pessoas, não consigo entrar em todo o lado, as sombras afligem-me, trazem-me lembranças... sobe-me uma raiva surda quando o teu nome é pronunciado de forma leviana... fico com vontade de gritar que não têm o direito sequer de mencionar a tua sombra quanto mais o teu nome...
Tento passar por cima de tudo. Tento superar-me para que vejas, que é por ti que eu continuo a fazer um esforço para me "aguentar"... mas às vezes não dá... tu sabes: somos escorpiões... há coisas que são mais fortes que eu: estão na minha natureza!
O ciúme é um sentimento feio e muito fácil de ser manipulado... ferir alguém ciumento é a coisa mais fácil deste mundo. Foi por isso que eu usei essa arma... sinceramente, hoje, esperaria mais de mim... na verdade foi demasiado fácil... mas confesso que no fundo, não estou nada arrependida. Primeiro porque nunca gostei de fazer nada às escondidas. Não gosto de jogos de esconde-esconde. E tu obrigavas-me muitas vezes a portar-me bem, e para isso eu tinha que representar sentimentos que não nutria, era obrigada a ser delicada, a ser educada: coisas que de resto sou, por natureza também, tu sabes... mas fingir não é nada fácil. E ontem deu-me prazer oferecer aquele presente na frente dela. De maneira a que ela entendesse que não era a primeira vez. Que a amizade é um sentimento verdadeiro, que se acolhe e se retribui da mesma maneira. Que é um sentimento de que ela é incapaz. Ela que não esconde o contentamento por teres partido, dessa maneira tão brutal, porque pensa tirar dividendos da tua partida... tal como tantas vezes me disseste: ela estava à espera que partisses...
Por mim bem pode andar aos pulinhos pelo corredor. Hoje o ciúme atacou-a de novo, mas desta vez não fui eu. Só que tu sabes: ela não gosta de ver certas pessoas a conversarem com gente que ela considera abaixo de si, como eu.
Sabes que mais? estou-me nas tintas! Só quero que estejas bem, onde quer que seja que estejas... Eu por cá vou fazendo as minhas pequenas maldades, para que o jesus me castigue por muitos anos: porque é cá em baixo que elas se pagam. Tu não tinhas nada a pagar. Por isso partiste tão cedo. Eu tenciono andar a moê-los até aos 150, já sabes...

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