Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
(Carlos Drummond de Andrade)
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
(Carlos Drummond de Andrade)
1 comentário:
Grande poeta, que eu admiro.
Mas a sua ausêmcia acumulada, à luz da minha pouca experiência, mas dentro das minhas convicções, pode levar a um egoismo, alicerçado num romantismo, que de ve muito à estética, ao amor literário, à solidão que se alimenta de si própria, e de imagens belas. Isto é, Carlos Drummond, com o devido respeito, eu estou em consonância com os que amo, na ausência presente, mas, olha: NAO ABDICO DE OUVIR A SUA VOZ. e sabes, esse divórcio, mata, mais dia menos dia, todo o amor estético e literáriio...
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