19 janeiro, 2007

São as aves de rapina...


Não é costume escrever a esta hora. Tenho coisas para fazer... mas estou tão mal disposta com o que vejo à minha volta que tive que passar aqui para deixar os meus gritos mudos; para dizer que estou enjoada com os abutres à volta de um esqueleto que nada tem que se aproveite. Mas cheira-lhes a um pedacinho de poder e pôem as garras de fora. Não deixam sequer que os corpos arrefeçam. Não! É preciso voar rapidamente sobre o que resta... Que pena que eu tenho desta gente tão pobre que se julga alguém por ter um "cargo"... que pena que eu tenho destes pobres coitados que querem ficar bem no retrato e só fazem disparates... que pena que eu tenho dos abutres: porque são aves feias, muito feias. É por isso que eu prefiro cobras, víboras, animais de sangue frio! Pelo menos com esses sei com o que posso contar. Não sobrevoam os restos mortais de ninguém. Pelo contrário, atacam, na maioria das vezes apenas para se defenderem ou por instinto de sobrevivência.
Mas esta gente não. Esta gente é má, amiga. É gente sem alma. Gente capaz de gritar arrepelando os cabelos, fingindo uma dor lacerante e no minuto seguinte está bem, porque lhe dizem que o poder está ali, à mão de semear... Gente que me dá asco! Gente que me dá volta ao estômago, que me põe doente. E é por isso, amiga, que passei por aqui, só para desabafar, porque agora, vou ter que me estender um bocado, a ver se com a medicação o meu estômago digere o pouco que consegui engolir há horas e que devia estar mais do que digerido! Mas quem é que pode assistir de galeria a um espectáculo tão deprimente e ficar na mesma?

2 comentários:

Unknown disse...

Bela foto!. Lindo poente!Não sei se o assunto merece a beleza da foto!. Os abutres não têm sensbilidade. Pelo menos, certos abutres.De raça humanoide. Só não merecem o desprezo, porque temos de estar atentos, para os conbater,e dizimar.
EA

Anónimo disse...

Eu também estou enojada com o que tenho visto e custa-me muito engolir, e temo que não consigamos combater e dizimar como diz o Eduardo. Afinal, não somos como essas pessoas, felizmente!