Querido Miguel Torga, que saudades tenho de ti, da tua sabedoria, simplicidade, grandeza...Chega de palavras.Tenho saudades, pronto.
EA
POEMA
CONSELHO
Renuncia, poeta!
Renuncia!
Sou eu, também poeta, que to digo.
Nenhum verso se deixa encarcerar.
Prender água nas mãos é um jogo antigo,
Que aumenta a sede, em vez de a mitigar.
Temos
O que perdemos
Dia a dia.
O sol da poesia
É lua, em nós.
Sai-nos do peito um canto comovido,
E ouvimos, como um eco arrefecido,
O som da própria voz.
Miguel Torga
( In Câmara Ardente )
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