É bom estar só... cada vez acredito mais nisto. Não me levem a mal, mas continuo a acreditar que o amor (essa coisa a que se chama amor, entre um homem e uma mulher) são só balelas... alguém que não aprendeu a estar só sem se sentir solitário resolveu inventar essa balela, tal como se inventa uma religião... e as pessoas acreditaram, acreditam , porque há muita gente que não sabe estar só sem se sentir vazio por dentro... Mas isto, como tudo na vida pode aprender-se ou pode nascer connosco. Eu por exemplo, nasci assim: gostando de estar só, de procurar os meus caminhos, de não estar dependente da vontade de um "galo" qualquer que está convencido que é o dono do mundo... são assim os galos: todos os galos! Vaidosos: se se lhes dá um pouquinho de trela, ficam logo convencidos que são os "maiores"... mas enfim, deixemos os "galos" olhando para os sesu próprios umbigos, convencidos que são o centro do mundo e vamos aos dias que passei no Alentejo, azul e dourado... alentejo do mar e alentejo da planície...
Fiquei num "monte" alentejano num lugar com o nome de Nave Redonda e que fica pertíssimo do Algarve... o lugar em si, nada tem de especial, são meia dúzia de casas na estrada, num cruzamento para Monchique à esquerda e Odemira à direita.
Pois eu meti pela direita e comecei por me deliciar com a barragem de Sta. Clara onde não ia há uns anitos... depois fui ao posto de turismo de Sta. Clara-a-Velha e recolhi tudo o que era informação turística, mapas, etc., e meti em direcção a Odemira... só que o tempo piorava a cada minuto, a tempestade estava demasiado forte, os ramos das árvores começaram a invadir a estrada e eu decidi voltar ao aconchego do Cerro da Nave Redonda, tomar um bom duche e deixar que o António me orientasse, pelo meio da sua Babilónia...
Logo há mais. Para já aqui fica o Bolas que também lê o António.
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