22 dezembro, 2006

COM AMOR, APESAR DE TUDO...

Sim, lisboa... vai-se esvaziando, depois das compras feitas, numa azáfama nervosa, frenética, irracional...Que canseira para quem as faz, embora não o diga...
Que só... vai ficar a cidade de Lisboa! Que maravilha é ficar em Lisboa, caso se goste de ficar em boa companhia!
Mas há uma solidão que se respira em Lisboa...Direi melhor: uma tristeza, que não sei definir. Que não é talvez de Lisboa. Que é minha. É uma solidão, no entanto, que não é festiva...Porque há solidões, para mim, pelo menos, festivas...
Eu sinto a cidade só. Mas também uma solidão que cai sobre as compras feitas.O ritual foi cumprido.O formal foi respeitado. Não foi posto em causa.
Santo Natal.
As luzes.
Mas--- que é feito do essencial?
É o Amor?. De que tanto se fala. Com tanta facilidade!.Que foi feito do Amor o resto do ano?
É a Amizade?
Que foi feito dela o resto do ano?
É o dar as mãos aos pobres?. O que foi feito disso o resto do ano?
É o comemorar o nascimento de Cristo?. Quem se preocupa saber verdadeira e seriamente, como o autor destas linhas,quem foi Ele, não lhe bastando - longe disso - as descrições oficiais que sobre Ele existem?
Por aqui me fico...
Como me dizia hoje uma amiga minha, que considero um espírito muito elevado, neste mundo:
_ Tu estás certo, Eduardo, a religião é Amor... Não é nada disso que andam a vender...

Amor para todos. Apesar de tudo.
Bons dias de alegria.
Vou até ao Alentejo.
Ver a minha mãe.
Que está só.

Eduardo Aleixo

1 comentário:

Maria Eduarda disse...

A tua amiga sabe das coisas da vida. Bom fim de semana, amigo.