É verdade que nunca estou só. Mesmo quando todos pensam que estou só, realmente eu estou sempre acompanhada: quanto mais não seja de mim mesma. Mas é bom abrir esta página e dar de caras com o Eduardo Aleixo. Só quero aqui dizer-te que este blog há muito que deixou de ser meu. É teu e de todos os que o visitam, deixem ou não impressões digitais. Porque passa por aqui muita gente que eu não conheço e tu também não... Gente que deixa impressões e outra que segue... mas leu e gostou... ou não! Mas passa por aqui muito mais gente do que se possa imaginar.
E é por isso que, apesar de ter estado fechada num comboio 3 horas para fazer um trajecto de 15 minutos e, com isto tudo ter chegado a casa 13 horas depois de ter saído, passo por aqui. Para dizer que não foi assim tão mau. Realmente ninguém me gritou "sai daqui"...
Foi até divertido, ver as pessoas a mudarem de comboio para comboio, conforme as instruções dadas pelos altifalantes no Cais do Sodré.
E eu na minha, estão a ver, não estão? Sossegada, ouvindo Maria Rita, numa boa. Foi pena ter já terminado na viagem da manhã o "Casei com um Massai" e não ter nada para ler... Mas tirando isso é sempre divertido observar a reacção das pessoas aos imprevistos.
No dia 16, quando o Eduardo apanhou uma chuvada, eu também apanhei, mas pelas 16.30. E eis-me como gosto, debaixo de água... não procurei abrigo: assim não corro o risco de viver a angústia que sofreu o meu querido amigo.
Como diz a nossa Maria Angra "não somos um saco de farinha". E é por isso que nos podemos molhar... não percebo porque as pessoas temem tanto estas "cargas de água". Raramente me constipo e acho que isso tem a ver com a resistência que ganhei ao longo dos anos a apanhar chuva.
Chapéus de chuva, nem vê-los: são um instrumento a banir da face da terra. São armas terríveis. Já imaginaram se o "sem abrigo" que gritou com o Eduardo tivesse um guarda-chuva? Podia tê-lo magoado...
Faço pois aqui um apelo: "abaixo os guarda chuvas! abençoada toda a água que cai do céu"...
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