A TODOS OS SEM ABRIGO
( Com todo o meu amor )
Cai a chuva na incerteza do dia.
Tempo imenso de fantasmas irreais,
Mas que contam
E dizem
O itinerário de uma vida...
O tempo, é como um sonho recordado...
O presente, é um palhaço que ri, e por vezes berra, por distracção...
A chuva cai, na cidade, sem expressão.
E um homem, sem abrigo, soletra coisas simples
Como mulher,
Mãe,
erva,
Casa,
Pão,
Abrigo,
Flor,
Beijo,
Amor,
Mão,
E, ao fazê-lo...
O que deseja, é só
O equilíbrio
Com o sonho da esperança.
O que quer, é no seu corpo
A certeza
De um futuro
Sem braços
De naufrágio...
Eduardo Aleixo
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