21 novembro, 2006

POEMA COM OU SEM GUARDA-CHUVA, NÃO IMPORTA...

A TODOS OS SEM ABRIGO

( Com todo o meu amor )


Cai a chuva na incerteza do dia.
Tempo imenso de fantasmas irreais,
Mas que contam
E dizem
O itinerário de uma vida...

O tempo, é como um sonho recordado...

O presente, é um palhaço que ri, e por vezes berra, por distracção...

A chuva cai, na cidade, sem expressão.

E um homem, sem abrigo, soletra coisas simples
Como mulher,
Mãe,
erva,
Casa,
Pão,
Abrigo,
Flor,
Beijo,
Amor,
Mão,

E, ao fazê-lo...

O que deseja, é só
O equilíbrio
Com o sonho da esperança.

O que quer, é no seu corpo
A certeza
De um futuro

Sem braços

De naufrágio...


Eduardo Aleixo

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