22 outubro, 2006

A Cachorrinha














Mas que amor de cachorrinha!
Mas que amor de cachorrinha!
Pode haver coisa no mundo
Mais branca, mais bonitinha
Do que a tua barriguinha
Crivada de mamiquinha?
Pode haver coisa no mundo
Mais travessa, mais tontinha
Que esse amor de cachorrinha
Quando vem fazer festinha
Remexendo a traseirinha?

(Vinicius de Moraes)

1 comentário:

Anónimo disse...

Só quem gosta de animais, como eu, pode identificar-se com o poema.
O meu GWYN, cão valente e esbelto, lindo, um Golden Retriever, que corre nas praias como um cavalo, e que já fez dispersar dois cavalos da GNR, um cavalo para dentro do mar, e outro para as dunas, com muita vergonha minha, mas tambem com muito orgulho,orgulho, é amigo dos donos como poucos seres humanos o são uns para os outros, se soubesse ler, mandava uma lembidela ao Vinicius.
O meu gato, Novelo, já velhote, que encontrei perdido numa rua de Macau, se soubesse ler, também gostaria do poema, embora, como felino que é, dissimulasse os seus sentimentos,mas tenho a certeza que faria rom-rom no colo do autor do poema...
Quanto à gatinha mais nova, que apareceu abandonada e cheia de piolhos num pinhal, em Agosto último,e que a minha filha Rita trouxe para casa, está bem e ecomenda-se.Chama-se LAISI ( nome cantonense, que significa " presente", " dádiva", em sinal de respeito à coincidência de ter aparecido, no pinhal, no dia dos anos da minha filha, como oferta de anos da Natureza...).
Assm, vocês compreendem que só pessoas como eu podem identificar-se com o poema do Vinicius...