24 setembro, 2006

Frágil


(tenho saudades, pá)
Põe-me o braço no ombro
Eu preciso de alguém
Dou-me
com toda a gente
E não me dou a ninguém
Frágil
Sinto-me frágil
Faz-me um sinal qualquer
Se me vires falar de mais
Eu às vezes embarco
Em conversas banais
Frágil
Eu sinto-me frágil
Frágil
Esta noite estou tão frágil
Frágil
Já nem consigo ser ágil
Está a saber-me mal
Este whisky de malte
Adorava estar in
Mas estou-me a sentir out
Frágil
Eu sinto-me frágil
Acompanha-me a casa
Já não aguento mais
Deposita na cama
Os meus restos mortais
Frágil
Eu sinto-me frágil
(Jorge Palma)

2 comentários:

Anónimo disse...

E mais uma...:)

Anónimo disse...

"O homem é macio e frágil quando nasce/
Na hora da morte torna-se hirto e rijo/
Plantas e árvores são débeis quando crescem/
Ficam murchas e secas na hora de morrer/
Assim/
A dureza e a robustez são próprias da morte/
Enquanto a macieza e a fragilidade/
São próprias da vida./
Portanto/
Os fortes exércitos acabam destroçados/
As árvores que crescem robustas/
Não resistem aos golpes do machado/
O que é forte e rígido/
Situa-se num plano inferior/
O que é macio e frágil/
Ficará num plano superior."

Poema de Lao Zi, de " O livro de Tao" ( Tao Teh Ching ).

Desculpa. Eduarda, a minha costela oriental...

EAleixo