19 novembro, 2010

no país do faz de conta


nunca digas desta água não beberei é provérbio e verdadeiro. tantas vezes pensei que certos amimais eram amados de modo extremo pelos seus donos e eis-me caminho de lisboa com o mika na box a miar e eu a falar com ele para o acalmar como quem fala com um bebé a explicar que tem que ir à senhora doutora e que faço isto para o bem dele embora compreenda as suas razões e afinal ele deixa de miar e escuta-me de vez em quando mais um miado mas cada vez mais espaçado. em sete rios a polícia afoba-se a rebocar carros mal estacionados faço ideia a cara dos donos quando chegarem e virem que o carro já ali não está hoje é dia grande para motoristas de táxi que quem anda de carro geralmente não sabe usar o metro ali mesmo ao lado e paro para fazer uma pergunta a um polícia e ele diz-me não sei não sou daqui pergunte ao meu colega ali abaixo e eu pergunto e o homem entretido a preparar a grua para levar mais um responde desculpe sou do porto não conheço lisboa e então passa-me pela cabeça vagamente a ideia da cimeira da nato e percebo que o panfleto que um velhote me depositou nas mãos é sobre a cimeira e é do pcp o velhote foi muito simpático e explicou tudo o que eu queria só que eu ainda tive que encontrar um polícia com vontade de me ajudar que foi buscar ao carro o guia da cidade de lisboa e confirmou o que o velho camarada indicara. será que estes dois minutos o impediram de levar mais um carro? não claro que não podem levar a noite toda afinal a polícia de todo o país está a postos é preciso mostrar uma cidade inventada sem carros à superfície muito menos estacionados em cima dos passeios é preciso fazer de conta no país do faz de conta. que é país.

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