15 junho, 2010

não fossem as cuspidelas...


começo o dia à hora do costume ou melhor um pouco mais tarde uma vez que o despertador hoje quase tocou... e eu estava acordada mas sentia-me como num dia de inverno e não me apetecia saltar da cama... ah! se eu soubesse tinha-me virado para o outro lado e fosse o que deuje quisesse. mas como uma boa menina tipo formiga amestrada lá me levantei tomei um reles pequeno almoço porque não dava tempo para tomar um como gosto e toca a apressar-me para pegar a bicla e pedalar rapidamente até à estação. ainda por cima tinha que comprar bilhete pois ontem perdi entre outras coisas o passe. mal entro na rua da estação lembro-me que alguém me disse que havia greve. bem. é preciso ter paciência e afinal um dia não são dias. vejo um comboio passar em direcção a cascais e penso isto não está mau de todo. pois. quase uma hora à espera de um comboio a abarrotar de gente. não fosse uma dondoca querer a todo o custo impedir que mais gente entrasse na carruagem nas estações seguintes (se calhar foi fiscal noutra encarnação) e o meu sono teria sido ainda mais perfeito dando tempo a pelo menos um sonho completo. o facto é que me senti tão aconchegada no meio de toda aquela gente que adormeci assim mesmo em pé (não sou esquisita para dormir só preciso ter sono). toda a gente estava bem disposta não se ouviam as habituais queixas contra os grevistas. a coisa ia dando para o torto foi quando a viagem terminou. no cais do sodré todos os acessos directos da estação ao metro estavam fechados. resultado. demorei um quarto de hora só para passar as portas automáticas. é que nem tiveram a amabilidade de as abrirem como é costume fazerem no metro quando a aglomeração de gente é demasiada. na verdade o povo português é mesmo tolerante. diria quase educado não fossem as cuspidelas para o chão que vejo de vez em quando e me desgostam.

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