sou parte da geração sandwich. mas o que me atrapalha é mesmo o senhor alemão que põe e dispõe da cabeça de cada um como quer. e aqui estou eu armada em carcereira para não deixar que a minha mãe saia de casa. felizmente o facto de estar muito mau tempo deu uma ajuda e também o facto de perceber que se saísse iria sozinha. mas não é fácil lidar com estas situações. tanto está num sítio como noutro. tanto diz que está farta de estar em casa com diz que se fartou de passear e por isso está cansada. a maior parte do tempo consegue ser feliz mas quando tenta como ainda há pouco sair de casa e é contrariada fica muito agitada. sinto que precisava de um curso um mestrado e um doutoramento para pode lidar com esta doença tão estranha que se chama alzheimer. um nome tão estranho quanto a doença. e vejo-me fechada em casa os fins de semana inteiros felizmente tenho a sorte de ter alguém que fique com ela durante a semana quando vou trabalhar. e não sei como seria capaz de viver se não fosse este escape que acaba por ser a responsabilidade de ter um emprego que exige de mim mais do que a maior parte dos trabalhos exige de cada um. um emprego que me faz compreender constantemente que há muita gente em pior situação do que eu. o mais importante já percebi é manter a calma.
Sem comentários:
Enviar um comentário