27 janeiro, 2010

que fazer?

no haiti passados quinze dias de um violento tremor de terra ainda aparecem sobreviventes. chamam-lhes milagres. e se há coisa a que se possa chamar é certamente a estes sobreviventes. é evidente que se trata de casos pontuais de gente que ficou em condições que lhes permitiu sobreviver. nem por isso é menos espantoso. e é por isso que eu achei estranho o ambiente hoje à hora do almoço. já me tinha soado que o governo mais uma vez tinha passado a perna nos funcionários públicos e antecipado em 5 anos aquilo que foi acordado no início do primeiro programa do governo socialista de maioria absoluta. já nessa altura o sentimento foi de revolta. afinal estavam a ser invertidas as regras do jogo a meio do mesmo. para gente como eu que está longe de chegar à idade da reforma a coisa não aprece tão grave. mas é realmente mais uma trapaça deste governo. não é coisa que se faça. se existiram negociações se foi alcançado um acordo (e foi o acordo que o governo decidiu) então como é que se antecipa em 5 anos o mesmo acordo? tempos houve em que para selar um acordo bastava a palavra dos negociadores. agora nem com documentos assinados se cumprem acordos. não admira que outros acordos mais alargados como o de kioto por exemplo não sejam respeitados. hoje é mais um daqueles dias que podia ter sido um dia muito feliz para mim. afinal aconteceram-me tantas coisas boas... mas que fazer com a vergonha que sinto de viver num país onde a palavra quer escrita quer falada não tem qualquer valor?

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