18 janeiro, 2010

no comboio para lisboa

a menina sentada com o pai atrás de mim no comboio diz olha pai um barco e o pai responde não é um barco filha é um castelo. e eu pensei que a menina tivesse confundido o farol do bugio com um barco é normal pois a menina é muito pequena mas que o pai chame castelo a um farol... bem aí é demais e coitada da menina se vai ter pela vida fora este género de ensinamentos nunca há-de aprender nada que valha a pena na vida. e volto a minha atenção para barroco tropical de josé agualusa. se gostei do livro? não sei muito bem não me parecia agualusa não me parecia um romance angolano mas uma mistura que não estou acostumada com agualusa. para ser sincera gostei mais de as mulheres do meu pai ou nação crioula e são apenas dois exemplos. devo admitir no entanto que o retrato que é feito neste barroco tropical do povo angolano corres ponde à ideia com que fico quando leio escritores angolanos. o que não abona nada a seu favor. eu gosto do povo angolano. apesar de todos os defeitos é um povo meigo que não esqueço nunca. o meu povo.

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