19 dezembro, 2009

facas

mandas fotos dos sítios por onde passámos da tua cidade onde ficaste e eu aqui a pensar em ti como posso esquecer tudo assim de repente se tu insistes em lembrar como posso esquecer assim tudo o que vivemos como é possível diz-me se souberes porque eu não sei sequer o que sinto ou o que sentes mas há dentro de mim uma vontade de chorar quando lembro os teu rosto uma vontade de chorar como choro sempre que nos reencontramos e tu porque choras e não entendes que é alegria e não entendes que eu por aqui tão longe pensando em tudo o que vivemos tudo o passeámos todas as carícias toda a ternura todos os segredos. será que quando me envias estes postais estás a pensar no mesmo que eu ou seja que não sabemos o que se passa o que se passou teremos que recomeçar do ponto onde parámos mas quando diz-me se esta vida nos afasta cada vez mais como se o mundo afinal não pequeno mas uma imensidade de oceanos e continentes e quando penso acho que tão perto mas afinal tão longe. sei que não deixo de pensar em ti sobretudo de manhã quando me levanto e penso na diferença horária se já estarás a trabalhar ou a estudar enquanto eu me levanto e penso em ti à noite quando me olho ao espelho e estranho o dizeres que eu bonita que disparate como podes dizer isso e no entanto sei que para ti é verdade tanto como as saudades que todos os dias me mordem e espetam. facas.

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