ouvi vagamente que hoje é o dia do não fumador e lembrei-me da irritação que isso me provocava quando eu fumava. na verdade continuo a sentir a mesma irritação com a maioria destes dias que segundo me dizem servem para chamar a atenção para problemas. acontece que eu penso que o acto de fumar é tão íntimo que só diz respeito aos próprios. é como a religião. só faltava agora inventar-se um dia para cada religião existente (nem sei quantas são mas bem contadas serão com certeza muitas). a religião é também um assunto do foro íntimo de cada um. quando alguém me diz que acredita em deus eu acho bonito. quando alguém me diz que acredita em alá eu acho bonito. quando alguém me diz que acredita em buda eu acho lindo. gostaria que as pessoas que acreditam nestes seres também achassem lindo quando digo eu acredito no homem. o que é que isto tem a ver com fumar? nada. a não ser que eu penso que os fumadores têm tanto direito à existência como os não fumadores. e portanto se alguém me disser eu gosto de fumar eu acho lindo porque eu sei que essa pessoa se está a referir a um prazer imenso que eu também sentia quando fumava. aliás quem fez com que eu deixasse de fumar foi o josé. e isso eu não lhe perdoo. não fosse o facto de eu sentir que me estavam a mexer demais nos bolsos com os impostos e ainda hoje eu me sentiria radiante fumando. porque eu tenho saudades imensas de fumar. melhor dizendo do prazer que me dava fumar. os fundamentalismos chateiam-me pá. não tenho culpa. é chato de verdade. tão chato quanto o dalai lama não poder estar no tibete... ou quase. (nesta fui tão exagerada quanto o saramago quando insulta deus). mas como já está escrito fica assim mesmo. como todo o respeito que o dalai lama me merece porque é homem. e eu acredito no homem. e no dalai lama.
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