06 novembro, 2009

o mais que imperfeito país

este povo já não é o que era. é o que vos digo. quem se lembra de certos personagens de Eça não se consegue rever na bandalheira que vai por este país fora. não é uma questão que diga respeito a partidos. a vigarice é perfeitamente transversal. atravessa tudo e vai a eito. e o que me custa mais é ver alguns arautos da honestidade e integridade entrarem no jogo por um prato de lentilhas... ou nem isso. os casos de corrupção aparecem como cogumelos em campo minado. desta vez desde um sucateiro aos presidentes de empresas públicas ou semi privadas vai tudo a direito. como é que um homem com uma posição respeitável e muitíssimo bem remunerada se vende por dois mil euros? dir-me-ão que não está provado. pode até nem estar. mas a mim parece-me que certas pessoas não se podem dar ao luxo de se envolverem com gente mais do que duvidosa. tudo naquele sucateiro cheira a isaltino ou a felgueiras. é aquela gente que corrompe e depois dá um presunto a quem lhe deu um porco sem se aperceber. e é essa mesma gente que vem dizer que o homem é uma boa alma. eu até acredito que seja. mas não custa ser uma boa alma com dinheiros e suores alheios. nestes casos uma mão não lava a outra. e nos outros também não. uma mão nunca lava a outra ou pelo menos deviam lavar-se as duas ao mesmo tempo. mais uma vez a máxima não basta ser é preciso parecer se aplica a estes senhores que ganham a vida com chorudos salários e vergonha nenhuma.

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