05 novembro, 2009

o direito a um país inventado

neste meu pequeno país as coisas acontecem da forma mais irracional possível. mal se começou a falar da gripe a as máscaras e os desinfectantes de mãos desapareceram rapidamente das farmácias. parecia haver uma preocupação enorme com a chegada das vacinas a tempo. o tamiflu vendeu como pão até que as autoridades sanitárias fossem obrigadas a tomar medidas. a preocupação era enorme. quase irracional. pois bem agora sobram vacinas. os grupos de risco que as deviam tomar não querem e cá para mim fez-se um investimento que vai dar em nada. na suécia toda a gente foi vacinada. na noruega inventam-se grávidas para se ser vacinada. sugiro pois que os noruegueses venham até cá. o nosso inverno é provavelmente mais quente que o vosso verão e aproveitam para serem vacinados. é que com a crise que há por cá de quem queira ser vacinado é um favor que nos fazem. com certeza qualquer gravidez inventada com esse fim é bem vinda. quanto a mim pois eu também não quero ser vacinada. penso que estou imunizada por defeito. mas se não estiver paciência. não sou diferente da maioria dos portugueses. só não me alarmei nunca com isto. não deixei de viajar. não comprei máscaras nem tamiflu nem desinfectante para as mãos. lavo-as frequentemente como é clinicamente recomendado. e acho que chega. para mim. mas há com certeza grupos de risco que deviam realmente seguir as indicações médicas. mas também nós temos direito a um país inventado.

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