aproveito o tempo que levo nos comboios para ler. e pensar. e tentar perceber como é que alguém consegue ler o que escrevo. assim. sem vírgulas. ouvi saramago ser acusado de usar demasiadas vírgulas. às tantas ele fica com as minhas. brincadeirinha claro. saramago nem sabe que eu existo. mas sou sua leitora e ainda não me apercebi como já ouvi dizer que também ele deixou de usar maiúsculas nos nomes. se saramago não sabe porque usa tantas vírgulas (na verdade ele usa apenas as que considera dever usar) eu sei porque não as uso. as vírgulas aperreiam-me. tenho que usar vírgulas no meu emprego. tenho que picar o ponto no meu emprego. tenho que usar com algum cuidado o tratamento tu. é por isso que por aqui me vou vingando e deixo tudo isso do lado de fora da minha porta. saramago diz que as suas vírgulas servem para que o leitor saiba precisamente o que está a ler. pois é. eu quero que os meus (que presunção balha-me deuje e mais todos os santos no altar) leiam o que lhes der na gana. mas claro que estou ansiosa por ler caim de saramgo.mas para já estou a ler o eco silencioso de joão lobo antunes. o que me tem dado muito que pensar. sobretudo quando ele fala em limitações da idade (para novo ninguém vai) e problemas de memória. é que eu tenho andado a portar-me muito mal em termos de memória. logo eu que já tive uma memória de elefante. a ver se daqui a uns tempos quando estiver de férias consigo recuperar. descansando.
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