28 novembro, 2009

as palavras

as palavras depois de ditas não há nada a fazer. é por isso que há que haver cuidado com o seu uso. porque se dizemos a primeira que nos vem à cabeça podemos muito bem estar a magoar alguém de tal forma que não haja retorno. porque a palavra desculpa que também existe serve para pedir desculpas ma não apaga o que ficou dito. e é assim que muitas vezes as relações se vão degradando. há quem aceite desculpas umas duas ou três vezes. há quem aceite desculpas sempre. mas não creio que só porque se aceitou um pedido de desculpas se deixe ficar tudo na mesma. é claro que tudo isto depende da gravidade e da intenção com que as coisas são ditas. às vezes as palavras são apenas um remoque que logo se desculpa e fica tudo quase como dantes. e digo quase porque haverá então com certeza uma segunda vez talvez mais grosseira e assim por diante. confesso que não tenho feitio para aceitar desculpas. como também não tenho para pedir. é verdade que peço desculpas muitas vezes mas por coisas do tipo aquela teima em que estava convencida que algo era de uma maneira e afinal era de outra. e chegada à conclusão verdadeira peço desculpa pela minha teimosia. por magoar alguém não peço desculpas quase nunca. porque se magoo alguém é porque tenho a intenção de o fazer. quero mesmo que essa pessoa fique magoada comigo e deixe de fazer parte do meu círculo de amigos. ora estas coisas passam-se muito raramente durante uma vida inteira de modo que os meus dedos me levam por aqui a pensar que nunca magoei ninguém que eu achasse que valia a pena. mas é preciso pensar antes de abrir a boca. e eu penso cada vez mais vezes. coisas dos meu tempo.

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