o verão foi embora quase sem aviso prévio. quer dizer os meteorologistas avisaram mas ninguém estava muito crente no que diziam. afinal ainda é uma assim uma espécie de profissão de bruxos que a gente não pode acreditar de olhos fechados. pensando bem em que podemos acreditar de olhos fechados? antes de sair de casa olhei pela janela. o dia estava tão escuro que parecia ser de noite. tive que olhar várias vezes para o relógio para ter a certeza que não estava a sair de casa umas horas mais cedo que o habitual. pensei se iria ou não de bicicleta. voltei a olhar pela janela e decidi que chovia muito. por isso o melhor era mesmo ir de bicicleta. pode parecer uma idiotice mas a verdade é que a melhor maneira de apanhar uma molha mais ou menos moderada é mesmo sair de bicicleta. rapidamente me ponho na estação. não perco tempo à procura de lugar para o carro e sobretudo não o deixo tão longe da estação que levo mais tempo a lá chegar do que de bicicleta o percurso inteiro. seja como for. a chuva caía muito forte e quando cheguei à estação de alcântara terra pousei a mochila num banco para despir a capa de chuva para que pudesse escorrer à vontade sem incomodar ninguém. logo de seguida apareceu o rapaz do sorriso luminoso que me deu o seu habitual bom dia. e não é que foi mesmo um bom dia?
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