hoje estou que não me entendo tal como a canção de rui veloso. é por isso que decidi que hoje não escrevo. não sei o que me apetece. ou melhor sei. apetece-me abrir a janela e começar a voar sobre o tejo até lisboa e olhar a cidade de cima bem iluminada (será que a ponte está iluminada?) e passar pelo terreiro do paço a ver se está como antes quando havia o cais das colunas (será que já o repuseram?) e continuar por cima do arco da rua augusta e sentir a cidade... não a cidade por aqui está morta. mais morta do que eu. há muitos anos que lisboa morreu mas ninguém deu por nada. é que durante a semana é percorrida por milhares de pessoas que ali trabalham. mas à noite e aos fins de semana a cidade morre. portanto está decidido que visto o cais das colunas volto pela 24 de junho. mais tarde que agora também o movimento dos bares ainda não começou. talvez poise no english a fazer tempo. mas não posso beber nada porque depois não conseguirei erguer-me de novo no ar. terei cuidado claro e depois mais tarde muito mais tarde já de madrugada hei-de voltar só como sempre ao lugar que me pertence. e hei-de adormecer satisfeita e cansada do voo. é isto que eu vou fazer. em vez de escrever.
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