21 outubro, 2009

abençoada chuva que nos aproxima

a chover como deve ser. foi assim que saí de casa pela manhã. pois a coisa parece que vai continuar e afinal os dias de chuva têm tanto direito à existência quanto os dias de sol. venha pois a abençoada água que tanta falta faz. por alguma razão as cheias são a grande alegria dos ribatejanos. na tentativa de não me suicidar na passagem para a estação de alcântara "colo-me" a um calmeirão tão alto quanto largo quase um quadrado quando olhei para cima achei que tinha cara de menino e quando olhei para baixo percebi que andava como os patos. mas a verdade é que não esteve com meias medidas e avançou rua fora (e eu com ele que posso ser pequena mas de parva não tenho nada) e "obrigou" os carros a parar. e eu feliz contente ia pensando se algum avançar primeiro bate nele. seja como for hoje foi mais um dia em que escapei daquela roleta russa. no comboio já estava sentado o rapaz do sorriso luminoso. lia o jornal e não me viu pelo que por hoje perdi o seu sorriso. mas amanhã é outro dia. chegada ao local do trabalho pouco menos que encharcada veio a admiração dos colegas. como é que ficaste assim se não está a chover? lá tive que explicar que não tinha chovido ali. mas por aqui sim. depois o tempo até parecia que ia sorrir mas quando saí para a rua depois do almoço chovia de novo desabaladamente. enquanto toda a gente se deixou estar sossegadinha eu decidi voltar ao trabalho até porque a chuva não estava com cara de que ia parar daí a pouco. e foi assim que de repente à minha frente estava alguém com um chapéu de chuva. alguém que me dizia estás doida ainda te constipas a apanhar chuva dessa maneira anda que eu levo-te. estava a uns cinco metros da porta do meu local de trabalho mas valeu pela gentileza e simpatia. afinal nesta cidade existe mais do que um rapaz capaz de iluminar o meu dia. se bem que este não é tão rapaz assim...

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