a manhã de domingo sem carros na marginal vai longe. tão longe que mal me lembro. antes das 8 da manhã já o trânsito é compacto e só se desloca a passo de caracol. nos pontos mais bonitos do trajecto tenho por hábito levantar os olhos do livro e olhar pela janela. do comboio vejo o rio. e carros. uma serpentina de carros. dentro de cada carro quase sempre apenas um ocupante. em madrid existem corredores para os carros que transportam várias pessoas em hora de ponta. parece-me uma boa ideia. em portugal as pessoas gostam de andar de carro. ontem no trajecto entre campo grande e rossio um táxi um porsche uma bicicleta e o metro fizeram uma espécie de corrida. adivinhem quem chegou primeiro? não. não foi o metro. nem o táxi que beneficiou dos corredores bus. o porsche... bem esse ficou bloqueado num engarrafamento no campo pequeno. portanto quem chegou primeiro foi a bicicleta com um avanço de 5 minutos sobre o segundo. ora toma lá. eu já sabia disto. desde que uso a bicicleta como meio de transporte chego muito mais depressa e tenho sempre estacionamento. um mimo. a antónio costa ficaria bem propor corredores para bicicletas na cidade. não é que tenha ficado mal em apelar ao transporte pelo metro. afinal há que rentabilizar os investimentos e numa cidade como lisboa não é fácil chegar a todo o lado de bicicleta... mas ficava-lhe bem ter assim de vez em quando uma ideia brilhante. eu assisto todos os dias a mais pessoas que usam a bicicleta como meio de transporte. mas que há certos sítios em que jogamos diariamente a roleta russa lá isso é verdade. uma atenção maior para quem mais poupa o ambiente devia ser um dos pontos mais importantes de um candidato de peso à câmara da maior cidade do país. ficava-lhe bem antónio. ficava-lhe mesmo muito bem.
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