06 junho, 2009

breve breve


chego ao fim de mais uma semana com uma primavera deprimida como diz o David e muito bem. uma semana onde as notícias existiram para todos os gostos. a queda de um avião no Brasil foi uma das maiores tragédias da aviação civil de todos os tempos. mas o que me deixa confusa neste caso é saber se afinal os primeiros destroços eram ou não do referido avião. se eram por que desmentiram. se não eram pertencem a que outro avião? se os destroços de que hoje se fala e os corpos encontrados são mesmo do acidente do airbus da air france. como é que um avião daquele porte e tecnologia começa a dar sinais repetidos de inúmeras falhas. como é que de repente tudo parece falhar. enfim são demasiadas perguntas sem resposta. há demasiado burburinho demasiadas opiniões demasiado eu é que sei eu é que vi eu é que vou contar. eu penso sobretudo na imensa aflição dos passageiros e na dor das suas famílias e amigos. tivemos desenvolvimentos no caso bpn. zangaram-se as comadres e descobrem-se (algumas) verdades. no fim de contas são apenas dois pobres homens incompreendidos que se hão-de acusar mutuamente. é lógico que mais de 6 meses de prisão preventiva começaram finalmente a fazer algum efeito. que não haja apenas um bode expiatório. uma menina russa foi tirada à família afectiva e entregue à mãe biológica que voou com ela para o seu país natal. muita gente fala e eu já não sei o que pensar. se é certo que vi uma mãe dar uns estalos na filha também é certo que sei o que sabem todos os amantes da literatura russa. aquilo faz parte da cultura de um povo. e também é verdade o que diz o pai da menina. em Portugal também se dão uns tabefes às crianças. até existe a ideia de que uns tabefes dados na devida altura só podem ser parte da educação que se deve dar a uma criança. aqui para nós quando vejo um puto afazer uma birra num qualquer lugar público e os pais bloqueados penso que só não aplicam ali um tabefe à criança por medo do julgamento público. portanto não sejamos tão hipócritas perante esta situação. gostava de saber se a menina naquela altura tinha realmente feito alguma coisa para "merecer" os tabefes  ou se é a mãe que tem a mão leve. neste caso parece-me que deverá existir alguma intervenção social. e segundo sei as autoridades russas estão atentas ao caso. não me parece que fazer vigílias seja algo de útil. cheira-me a mais um carnaval que não percebo muito bem onde quer chegar. enfim. vivo no país onde quando não há notícias elas fazem-se. por isso vou mudar de artes. breve breve.

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